Tive que pegar o onibus mais uma vez e seguir
viagem nessa curta jornada. Sim. Achou que eu ia dizer longa né?! Imaginei que
pensaria assim. Não se sinta mal. A vida é curta sim, (Creio que a maioria de
nós gostaria de um pouco mais de tempo) porém muito boa para quem sabe
aproveitar.
Sabe o que eu mais gosto em ter que viajar? Eu gosto
de sentar proximo à janela, colocar os fones nos ouvidos, fechar os olhos e ser
transportada para outra dimensão; ser embalada por cada acorde da canção. Abro os
olhos só para me certificar que ainda estou viva e neste mundo. Tolice. Se eu
estivesse morta saberia, né?!
Enfim, foi isso que eu fiz. Coloquei os fones,
porém me deixer perder na paisagem lá fora. Tudo passando bem devagar. O conhecido
se tornando desconhecido e passando cada vez mais rápido e rápido ate que eu não
pudesse mais olhar sem pensar em vomitar. Então, fechei os olhos. Porém, mais
uma vez, a natureza roubou a cena e não me deixou “viajar”.
Era a chuva. Tão gloriosa. Tão sonora. Com gotículas
aveludadas que eu quase podia sentir quando tocavam o vidro da janela ao meu
lado. Aquele momento foi mágico e não fosse o fato de ter um compromisso
importante e ainda estar em um local totalmente desconhecido daquele percurso,
eu teria descido do onibus e tomado um bom banho de chuva. Dizem que faz bem
pra alma e deve mesmo fazer. Eu precisava disso. Mas não era momento.
Tudo bem, eu espero por você amanha, chuva.
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