Não sei dizer...

                Você me entende muito além do que minhas palavras conseguem dizer. Eu não preciso te dizer o que eu sinto para você saber. Basta olhar em meus olhos que você consegue acesso total ao meu coração. E somente você consegue isso. Não sei bem como ou porque razão, mas acho que sempre pertenci a você; de alguma forma. 

Esperança

    Há muito tempo não me sentia assim. As lágrimas dessa vez não eram de tristeza, mas de uma esperança que queimava em meu coração. Eu nao tinha mais uma flor em meu jardim, mas um jardim repleto delas. E essa é a melhor sensação do mundo. Eu não poderia desejar presente melhor de um dia pacato como este.

    Engraçado pensar que sempre esteve alí; bem mais perto do que eu imaginei. Mas sempre alí. E agora a achei.

Solidão

Vivemos uma época em que tememos a solidão. A condição de estar só virou o “mal” do século XXI, o bicho papão do nosso tempo. Numa era em que a cada segundo uma nova tecnologia é inventada para encurtar distâncias e – teoricamente – aproximar as pessoas, o que não vale é se sentir esquecido.

Esse temor de ficar sozinho desenvolveu até aquele tipo de pessoa que sempre está namorando. Não consegue ficar sozinha, talvez por medo ou insegurança, confunda sentimentos em troca de ter alguém ao seu lado. Termina um relacionamento e já engata em outro, não dá nem tempo de curar as cicatrizes do último amor, de se preparar pra respirar fundo outra vez, e ela já muda o status de relacionamento do facebook num piscar de olhos.

Parece que é impossível ser feliz sem uma metade pra te completar. Mas o que os outros esquecem é que antes de tudo vem o amor próprio, e é por isso que temos que amar também a nossa solidão. É preciso muito discernimento para não confundir amor com carência, é preciso muita coragem para não se afundar num poço de dependência emocional. É preciso estar atento para encontrar pessoas que combinem conosco, nos compreendam e, acima de tudo, acolham a nossa solidão, para aí partilhar a solidão um com o outro.

(Laís Montagnana)

Estranheza

E essa dúvida incansável e essa sensação estranha no peito. O futuro é incerto e tudo o que temos é a esperança!

Quando a noite vem

      Não sei ainda se há um propósito para tudo estar assim. Não sei se há uma razão para a decisão que tomei. Achei que seria o melhor pra mim, o melhor pra você. A resposta mesmo não sei se um dia terei. Não sei se há explicação para o que estou sentindo agora.

      Sim, eu sinto a sua falta. Todos os dias quando a noite vem penso em tudo o que vivemos. Penso em tudo que senti. Penso e penso ate demais. Talvez esse tenha sido o meu grande erro. Pensar demais nas coisas e sentir uma atração maior por aquilo que poderia dar errado e me apegar àquilo com tanta força, e até mesmo sem perceber, que não percebi que poderia ser o contrário de tudo o que pensei. Que realmente poderia ter dado certo. E não me dei a chance de testar isso. Não me dei a chance de descobrir. Estava com tanto medo do futuro por não conseguir vê-lo claramente ao seu lado que decidi destruir as pontes com ele e acabar com tudo. Se essa foi a melhor decisão? Não sei se um dia terei uma resposta. Não sei se um dia saberei lhe dizer.

      Sei que precisava ficar só. Só não imaginei que a solidão doeria tanto assim.

(...)

Sometimes all we need is cry and put everything out.

Só você!

Os seus medos; os seus monstros; só você consegue entender.

Mas não morro

Os demônios que me cercam.
Os bichos que me devoram
O medo que me aflige
A dor que me aperta o peito
Esmagado
O punho cerrado
A luta me fere
Não morro
O sangue está vivo
Ele palpita
Ele pulsa