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terça-feira, 1 de maio de 2012

O Sol e Eu


Olhei pela janela e vi um Sol tímido colocando os seus raios por entre as nuvens, tentando vencer aquela densa barreira. Ele vacilou por alguns minutos e pensei o estar intimidando com meu olhar curioso, então parei por um minuto.
Não era isso que ele queria. Ele queria que eu o observasse e admirasse o seu esplendor e entendesse isso como a esperança de que coisas melhores viriam. Afinal, quem esperaria pelo Sol, depois de toda essa tempestade?
Ele não era tímido como eu imaginara. Só havia recuado um pouco por causa dos meus olhos. Seus raios começaram a tocar a minha pele, como se estivesse tentando fazer algum tipo de reconhecimento; senti que eram bem quentes. Fui arrepiando à medida que ia aquecendo a minha pele. Mas de alguma forma aqueles raios pareciam aquecer bem mais do que a minha pele. Foi bom me sentir assim.
Me dei conta de que fora meus olhos que o fizeram recuar, mas não sabia bem o porque. Talvez meus olhos tivessem refletido a luz de seus raios ou talvez tivessem luz própria – mas acho que isso era querer demais. Eu não saberia explicar. Mas estava adorando aquela sensação de ter algo especialmente diferente em mim.
Não podia ficar alí por muito tempo. Aquela janela ficava bem no alto e se esticar na ponta dos pés não era assim tão simples para quem não era uma bailarina. Saí daquele velho quartinho que a dias estava usando como meu esconderijo secreto- não que as pessoas não fossem conseguir me achar lá, mas este seria o último lugar que procurariam; provavelmente.
Nunca fui muito sociável, mas esta mania de “fugir” das pessoas já está começando a me preocupar. Eu já sabia que não era muito normal, por assim dizer, mas não sabia que era tanto assim. E.. se.. eu já estava ficando assustada com este meu comportamente, certamente, as pessoas já deveriam ter notado. E agora..?

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