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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ele mexe comigo



Abri a janela. Fechei os olhos, parei de respirar ou quase isso.Pude sentir ele a me tocar a face e ir mais profundo descascando cada pedaço do meu ser. Eu me senti completamente nua, pois podia senti-lo em todas as partes do meu corpo. Seu toque era tão suave e ao mesmo tempo tão violento. Ao ponto que tanto me aquecia quanto me esfriava. Me transportou para outro universo. Pessoas não precisam de olhos, nem ouvidos, nem boca; o corpo fala por si.
Ele foi sútil. Mas foi –se logo. Quando pensei em abrir os olhos ele já havia partido.
Ah vento, tu mexes com meus alinhamentos. Me tira da minha direção, me transfigura a razão.
Fechei a janela e fui dormir. Não fosse seu assobio a me chamar noite a fora, teria conseguido. Mas fui insistente em minha resposta. Disse-lhe nao. E assim ele se foi.

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