Jamais subestime as pessoas. Sabe aquele ditado popular: Não julgue um livro pela capa?! É exatamente isso.A maioria das pessoas está acostumada a olhar somente o exterior das outras pessoas e julgá-las de acordo com tal. Eu já conheci pessoas de todos os tipos, com estilos bem diferentes do meu e confesso que já fiz muito isso, de olhar e julgar devido ao que meus olhos viam. Mas já a algum tempo decidi que não mais faria isso. Não me deixaria levar somente pela aparência.
Certa vez me contaram uma história sobre um livro muito valioso que o seu dono escondeu durantes anos para que nao caísse em mãos erradas. O livro ficou escondido por séculos e quando finalmente o acharam, ele estava com uma capa bem envelhecida e desgastada devido o tempo e quem olhasse não daria nada por ele. E foi isso que aconteceu. Quem o achou foi um de seus bisnetos, alguns anos depois. Ele não deu muita importância e deixou o livro jogado no chão do velho porão.
A diferença está em não olhar somente o exterior e sim o que há dentro. O livro era muito valioso, mas apenas as pessoas que o vissem com um olhar especial perceberiam o seu grande valor. É como as pedras preciosas que não se encontram em cima das montanhas à vista de todos. Elas se encontram dentro da montanha, debaido de um monte de areia, pedras, lama e para acha-las requer certo sacrifício.
Creio que da mesma forma são as pessoas. É como diz mais um ditado popular: ” Quem vê cara nao vê coração.” A verdadeira beleza não se encontra em vitrines ambulantes, mas em locais de dificil acesso.
Estava assistindo um programa no canal Sony e duas coisas me chamaram a atençã; ou melhor, duas pessoas. Uma delas era uma mulher de 42 anos que andorava cantar. Ela cantava desde pequena. Mas ao se envolver com um homem que dizia ama-la ela deixou seu sonho de ser cantora de lado. Ele sempre lhe dizia que ela cantava mal e que não poderia ser cantora profissional. De tanto ouvir isto, ela acabou acreditando nele e cada vez mais se afastava de seu grande sonho. Porém, após o nascimento de seu 2º filho ela decidiu que nao terminaria sua vida assim sendo arrastada como uma folha ao vento. Ela iria provar pra ele e para o resto do mundo que ela tinha um dom e que deveria usá-lo. Quem olhasse para ela acabaria acreditando nas coisas que o seu marido dizia. Afinal, 42 anos, 2 filhos pequenos, morava numa cidade pobre e não tinha lá uma boa aparência. Mas isso não a fez desistir de pegar o microfone e cantar. Bom, imaginei que a mulher iria passar a maior vergonha da vida dela.
Mas ela me provou exatamente o contrário. E quem passou vergonha fui eu, por não acreditar no potencial dela e julgá-la por sua aparência. A voz daquela mulher marcou a minha vida. Era uma voz de finalmente, de liberdade. Era uma voz que por anos ficou presa, armagurada, sofrendo quieta e de repente resolveu se libertar e sair das garras do seu aprisionador. Ela cantou maravilhosamente bem e fez todos chorarem. Ela conseguiu tornar o seu sonho realidade.
A segunda pessoa foi um gari que havia saido da reabilitação e estava a 70 dias sem se drogar. O que se esperar de um gari? Lá vem o preconceito. Devemos parar de julgar as pessoas. E eu fui a primeira a julgá-lo. Um gari que acabou de sair da reabilitação, pensei comigo: o que esse cara deve saber fazer? Ai ai..Pois bem o homem me monstrou que além de ter uma voz incrivel, era compositor. O cara simplesmente deu um show no palco. E colocou qualquer cantorzinho no chão. Foi lindo ver aquilo. Foi lindo me sentir derrotada pelas minhas falsas percepções.
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